O medo do fim e a angústia da perda
O medo do fim e a angústia. Guimarães Rosa publicou uma das mais belas obras de nossa literatura.“Grande Sertão: Veredas”. Trata-se de um livro denso, porém sem capítulos, aonde os fatos vão ocorrendo e as situações acontecendo e não se consegue imaginar o fim. E de repente ele simplesmente acaba, sem causar angústia.
Esta obra genial que todos nós devemos ler trará a introdução sobre o tema de hoje. De onde vem o sentimento de angústia e como ela age em nós.
Porque sentimos o medo do fim e a angústia
Na última publicação ” O álcool como fuga dos problemas”, abordamos a busca constante pelo prazer no ser humano. Também comentamos como os avanços em comunicação e tecnologia não diminuíram nossas ansiedades. Pelo contrário aumentou nosso sofrimento.
Dando continuidade ao tema, vamos falar um pouco sobre o medo. Sobre nossos medos. Na obra de Guimarães Rosa descrita acima, o personagem Riobaldo em certo momento deixa a seguinte frase: “Cada hora, de cada dia, a gente aprende uma qualidade nova de medo” – “Grande Sertão: Veredas”.
A angústia surge basicamente do medo de algo que não sabemos exatamente definir. Vem como uma sentimento de vazio e dor na região do peito. Os momentos de prazer nos afastam da angústia. Porém momentos chegam ao fim, e quando este fim se aproxima, o medo de que ele acabe gera a angústia. As reações comportamentais variam de acordo com cada indivíduo.
A angústia levando ao comportamento reativo e compulsivo.
É comum procrastinarmos situações que não queremos nos expôr á possibilidade de algum medo. Este medo do fracasso pode nos fazer atrasar para uma entrevista ou seleção. Esta situação faz com que sintamos alívio por não termos realizado e ainda por cima nos vitimamos. Quando a angústia e o medo provocam grande desconforto, alguns descobrem nas drogas, no álcool, no sexo sem critério, nas compras, comida ou em jogos de azar sua fuga momentânea.
O tratamento das compulsões no Instituto Leonardo Russo
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