Convivência familiar e transtornos
Todos os transtornos mentais possuem algo em comum. São doenças que também afetam o estado emocional e comportamental das pessoas próximas do indivíduo portador. As alterações de humor, da personalidade e do comportamento entre outras, dificultam a convivência familiar. Dividir a vida com esta pessoa transforma-se em algo extremamente difícil e conturbado.
Os desafios da convivência familiar com os transtornos mentais.
A maior barreira para melhorar a convivência familiar está na dificuldade em obter informações. A simples menção da palavra psiquiatria trás à nossa mente a relação com loucura. É comum alguns comportamentos provocados por transtornos mentais serem mal interpretados. Muitas vezes associa-se equivocadamente estes comportamentos ou alterações de humor ao próprio caráter do indivíduo ou mesmo à personalidade.
Devido a esse erro de interpretação muitas pessoas passam por toda a vida sem um tratamento especializado. Sequer tomam conhecimento de que seu sofrimento e muitas das dificuldades que encontram na convivência familiar pode estar relacionado a algum distúrbio.
Mesmo quando o transtorno é identificado situações de dificuldade de relacionamento podem permanecer. Isto acontece devido ao fato de a família perceber o problema no indivíduo, mas não compreender que também está sendo afetada.
A necessidade de quebrar preconceitos
Primeiramente é importante destacar que a Psiquiatria é uma especialidade médica. Atua desde ações preventivas e de atenção aos episódios relacionados a transtornos mentais. Também efetua o diagnóstico e os processos de tratamento e reabilitação desta pessoa para o convívio social.
Atualmente centros de reabilitação psicossocial como o Instituto Leonardo Russo unem a psiquiatria a psicologia. Através de suas várias vertentes desenvolve processos psicoterapêuticos visando a reabilitação do indivíduo em todos os aspectos de sua vida. Incluindo também a convivência familiar, orientando e oferecendo suporte a essas famílias.
É importante a participação e conhecimento de todas as pessoas próximas ao paciente durante seu processo de reabilitação. Mas também é fundamental a manutenção desta ligação para a melhora da qualidade de vida de todos os envolvidos.
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